A construção da grandiosa Rodovia federal do Brasil, BR 230, famosa Transamazônica, com maior extensão territorial, atravessando vários estados brasileiros, sob o regime Militar, tem muito há nos ensinar e revelar fatos importantes, para o resgate de pontos adormecidos da História de Itaituba.
A Rodovia tem seu início na Cidade de Cabedelo na Paraíba, e passa pelos estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará até o Amazonas.
Acontece que esta semana, Itaituba teve a oportunidade de desvendar uma parte importante do contexto histórico, especialmente no sentido do desenvolvimento, através do acesso via Rodovia Transamazônica, que poderia ter tomado outro rumo, se não fosse uma atitude inesperada, de um importante engenheiro que esteve à frente de uma das equipes do audacioso Projeto aqui em nossa região, no ano de 1970.
Trata- se do senhor Francisco Barros, que naquele período era um jovem engenheiro no início de sua carreira, e não imaginava que seria o autor de um capítulo da História, que mudaria todo o cenário de uma cidade e região.
Francisco Barros foi recepcionado com muito carinho pela população de Itaituba, exatamente no dia do Trabalhador, que por incrível que pareça, coincidiu com o aniversário da Escola Engenheiro Francisco Barros na comunidade Campo Verde km 30, que completou 35 anos de existência.
Para a imprensa, o Engenheiro fez revelações importantes e trouxe á tona um filme que estava guardado, narrado pelo seu próprio autor.
Ele começa falando do grandioso Projeto do desbravamento da Rodovia Transamazônica, que estava praticamente sem apoio naquele momento, onde o curso original apontava apenas até o conhecido km 11, sendo o ponto mais próximo da Cidade de Itaituba, seguindo há 50 km até a Vila de São Luiz do Tapajós, destino firmado no Projeto.
Com base num levantamento técnico feito pelo engenheiro Francisco Barros, quebrando todas as regras e contra todos naquele momento decisivo, tomou a decisão de mudar a rota da Rodovia, isolando que seguisse para São Luiz do Tapajós e continuasse rumo a Miritituba. De acordo com o Engenheiro, foram adicionados fora da rota original cerca de 60 km, usando como base e ponto de referência, um paralelo com o gracioso Rio Tapajós.
Com a ousada mudança, Francisco Barros, colocou sua cabeça a prêmio, sendo radicalmente advertido por superiores que foram contra, mais com argumentos convincentes, conseguiu passar a Rodovia por dentro do Município Itaitubense, interligando por meio de balsas na travessia do Tapajós na responsabilidade do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem-DNER.
Não sendo mera coincidência, ao folhear um livro, foi descoberto que o Engenheiro nunca foi esquecido pelo Município que lhe é tão grato, e seu nome foi dado para uma Escola localizada exatamente na Rodovia no Km 30 Campo Verde.
Após uma vasta pesquisa nos arquivos, a nora do Engenheiro ligou para o Secretário de Educação Amilton Pinho e descobriu que realmente havia uma Escola com seu nome, e veio para Itaituba.
Diante de tanta emoção, Francisco Barros ao desembarcar em Itaituba, se deparou com mais uma grande surpresa, o aniversário da Escola que tem o seu nome.
O Prefeito Valmir Climaco recepcionou com muito carinho juntamente com a Escola e toda a comunidade, de braços abertos, o Engenheiro, e comemoraram tão importante momento que resgatou um pedacinho dessa História.
Moral da História: se Francisco Barros naquele momento, não tivesse a visão de rasgar a Rodovia Transamazônica, até o Porto do Miritituba, Itaituba, não teria evoluído. O progresso não teria chegado e possivelmente, hoje ainda seria uma simples vila. Itaituba agradece ao engenheiro por nos trazer esse pedaço da história do município, que não estava escrita nos anais dos livros que contam a História da nossa querida Itaituba..
ASCOM/PMI
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