Ainda na década de 70, o pacato Aeroporto Municipal, porém não tímido, tinha uma grande extensão territorial e recebia aviões até de grandes portes, para pousos e decolagens, como: Cargueiros da Força Aérea Brasileira - FAB, os chamados Búfalos e aeronaves de companhias aéreas, a exemplo da TABA – Transportes Aéreo da Bacia Amazônica , VARIG e VASP. Os aviões de pequeno porte eram em quantidade razoável, para a cidade que até então só tinha duas ruas, apenas alguns proprietários de garimpos possuíam uma ou duas aeronaves, uma vez que até o inicio da década de 80, a exploração do ouro era algo sem maiores cobiça. E, continuando na década de 70, uma grande construtora chamada RABELO se instalou a margem do aeroporto que fazia fundo com os hangares (grandes galpões usados para estacionar aviões) sendo referencia para a área e para muitos passou a se chamar Bairro Rabelo.

Já na década de 80, explode a cobiça pelo metal precioso, a chamada corrida do ouro na Região do Tapajós e Itaituba explode no cenário nacional e migrantes de todos os lados chegavam à cidade. Itaituba como cidade polo passou a receber uma grande quantidade de voos para pouso e decolagem, transformando o pacato aeroporto em o mais movimentado do mundo em pouso e decolagem, que segundo eram quase duzentos por dia. Foi dai que veio a necessidade de mudar o aeroporto para um local mais distante, para acomodar o número de aeronaves que faziam fila e até pousar uma sobre a outra por falta de espaço.

Então, o prefeito na época, conhecido por Fran Mendonça (in memorian), passou a lotear os terrenos, enquanto já se encontrava em construção o novo aeroporto, afastado há cinco (05) quilômetros do centro da cidade. 
E, ainda nos anos de 80, a primeira avenida foi criada na outra margem do aeroporto, que tinha como referencias suas mangueiras e o Prédio da Prefeitura Municipal. E, dai, passou a ser chamada de Nova Avenida, que mais tarde passou a ficar conhecida pelo nome oficial de Avenida Manfredo Barata. Sua referencia de status, já que as primeiras construções de residências eram toda em alvenaria e estilosas, e, foi se formando um dos bairros mais nobres da cidade. As famílias de maior posse econômica que começaram a enriquecer através da exploração ou compra de ouro, foram construindo suas mansões na avenida e ao longo dos anos, ruas, avenidas e travessas foram tomando forma e surgiu a criação do Bairro Aeroporto Velho , mas oficialmente é Bairro Boa Esperança.

A Avenida só veio receber asfaltamento nos anos 90, com meio e um pequeno trabalho de drenagem. Com o passar dos anos a nobre avenida começou a apresentar problemas e os moradores em um perímetro da avenida sofreram anos após anos com enchentes. O pequeno trabalho de escoamento não acompanhou a quantidade de residências e o mau planejamento feito na época trouxe grandes consequências para algumas residências, que a todo inverno tinham que enfrentar as águas pluviais voltando para dentro de suas residências, porém durante maquis de trinta anos nada foi feito para evitar esses desgastes aos moradores.

Somente no ano de 2018, a então gestão administrativa começou um trabalho de drenagem subterrânea no bairro, com alargamento das manilhas e escoamento para a descida do Bairro Liberdade, para desaguar no canal oriundo. Depois de todo um serviço para escoar as águas para não causar mais alagamento no trecho da avenida, a Secretaria de Infraestrutura - SEMINFRA começou no dia 16, o recapeamento asfáltico da Avenida Manfredo Marata, conhecida por Nova Avenida.
Os moradores da avenida estão em festa e agradecidos pelo trabalho da atual administração, que segue calendário de acordo com o cronograma estipulado para cada bairro.

ASCOM/PMI